Minha história

Infância
Fui gerada em outubro de 1987 e cheguei a esse mundão de Deus em 09 de julho de 1988, na cidade de Almas-Tocantins. Na verdade eu apenas nasci em Almas, pois não morei lá e sim na fazenda Papagaio. Na nossa ( família) fazenda moravam meus pais José Dias e Aldete, e meus avós paternos Cecílio e Izabel.
Tenho duas irmãs: Adiane e Edilene e um irmão: José Paulo.
Minha infância foi simplesmente maravilhosa!
Comecei a estudar com cinco anos, pois o colégio era alguns metros de casa, e meu pai era o professor lá. Minha mãe também me ensinava em casa. Depois da aula eu ia brincar, e como era bom, muitas crianças, muita alegria...
Tinha um corrégo bem perto de minha casa e minha mãe e minha vó que eu chamava de mãe também,lavavam louças lá, eu adorava...ficava olhando os peixes, fazia casinhas de índio na areia com minha irmã, era muito bom.
Com oito anos de idade, eu tive uma séria crise de apendicite e quase fui pro beleléu. Mas graças a Deus e ao meu amado tio Miguel ( tenho muita saudades dele, que Deus o tenha) fiz a cirurgia ainda a tempo.
Aos nove quebrei a mão direita, foi muito engraçado, quer dizer, dolorido, mas depois engraçado. Eu caí de uma rama que tinha no meio do mato e eu e minha irmã, tínhamos a transformado em balança. Mas com medo de apanhar menti, para os meus pais, disse que tinha caído de um tronco que servia de assento no fundo da casa do meu avô.Claro que depois, bem depois, eu disse a verdade.
Um dia, isso eu não me lembro graças a Deus, minha mãe que me conta, mas continuando... um dia meu avô não sei porquê correu atrás de mim com um machado rsrs, eu era pequenina ainda, devia ter cerca de 5  anos, minhas mães ( mãe e vó) estavam na fonte da ponte ( era assim que a gente chamava o córrego que falei agora a pouco) e eu fui correndo pra lá.
Mas eu tenho recordações maravilhosa do meu avô, ele me carregava nas costas, brincava comigo,sempre que ia a cidade me trazia presentinhos. Uma vez ele comprou um creme hidratante de pele e como ele não sabia ler, comprou pra passar em meu cabelo. E todos os dias que eu ia pra casa dele que era praticamente do lado da minha casa, ele passava esse creme no meu cabelo, até que meu cabelo começou a estragar e minha mãe não sabia porquê..rsrs até que um dia ela descpbriu, mas aí já era tarde.
Na fazenda tinha tantas frutas...nossa era ótimo; jaca, manga,laranja, lima, tangerina,melancia, veludo e tantas outras...foi muito boa a minha infância lá!
Bom são muitas histórias, ma pra resumir eu morei nessa fazenda até os 11 anos de idade, pois lá a escola era somente até a quarta série.
Adolescência
Então aos 11 anos, eu tive um baque daqueles. Foi aí que tudo começou a ficar dolorido. Época de lágrimas e mais lágrimas. Mas também foi quando dei os primeiros passos para crescer na vida. Talvez tenha sido a fase decisiva da minha vida. Meus pais fizeram a escolha certa, eu aceitei e suportei. E hoje vejo o quanto foi bom pra mim. Estudei em um bom colégio e cativei boas amizades que duram até hoje.
Saí de casa, do aconchego da minha família. Fui morar em Dianopólis, creio que fica mais ou menos uns 120 km da nossa fazenda. Morei primeiro com uns parentes meus,vô Horácio e família, cuidava das crianças,se não me engano foram seis meses lá. Depois fui morar com uma professora minha: Tia Sideni, fiquei quase um ano na casa dela, ajudava cuidar da casa. Tive muitos momentos bons lá, e hoje tenho minha amiga Gisele, filha da tia Sideni, pela qual tenho muito apreço.
Aí depois fui morar com tia Eliete, amiga da tia Sideni. Cuidava das crianças e arrumava a casa.
Em todos esses lares que morei tive bons momentos e trago algumas lições até hoje. Mas eu era praticamente uma criança ainda, longe de casa, dos amigos dos irmãos. Eu chorava quase todas as noites. Como eu sempre fui magrinha e ainda tinha problemas nos rins, as vezes eu fazia a limpeza da casa chorando e pedindo a Deus pra transformar minha vida. E Ele foi transformando aos pouquinhos.
Com 15  anos de idade, fui morar em Porto Nacional com meus tios. Foi lá que aos 16 anos,  minha vida tomou um novo rumo, até então inimaginável por mim. Uma direção que mudou minha vida, que me livrou de limpar chão e cuidar de menino dos outros (risos).
Foi quando eu descobrir que Deu havia me presenteado com um dom maravilhoso , e que ainda estava escondido em meio a timidez. Foi quando descobrir a minha voz, a comunicação, o rádio e me encantei com esse novo mundo, essa nova possibilidade e oportunidade que surgia em meu caminho.
Tudo começo por que eu fazia leituras na igreja e uma amiga minha Kamilla, apaixonada por rádio (ou pelos locutores risos) me disse que eu tinha uma voz bonita. " Se você for lá na rádio e falar com essa voz aí você arrumar uma vaga", mais ou menos assim ela disse. Respondi rindo "eu locutora? rum tá doida é ?". Mas como no outro dia eu não estava fazendo nada e fiquei encucada com aquilo, fui na tal rádio fazer o teste. Entendia tanto de rádio que quando o coodenador que fez o teste comigo disse está gravando,eu não sabia o que dizer, olhei para o prefixo da rádio que fiva na parede e li MHZ , li assim mesmo como está escrito, na verdade se lê "megarertz". Mas foi assim e comecei a trabalhar na rádio, de graça (já que eu era ruim de vender comercial risos), mas valeu a experiência, mudou minha vida, sou grata ao diretor Wesley Rocha que me deu a oportunidade. Fiquei lá até meus 18 anos.
Muitos tentaram me fazer desisitir, diziam: rádio não vai te dar futuro nenhum. Chorava, pensava em desisitir, mas minha força de vontade foi maior. E se não fosse o rádio eu tava até hoje trabalhando de doméstica ou babá, ou lá na roça, casada, mandando minino ir na roça chamar o pai pra almoçar.
Hoje